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RNP entrega rede de 100 Gbps para todas as capitais nordestinas até maio

RNP entrega rede de 100 Gbps para todas as capitais nordestinas até maio

Cobertura faz parte do programa Ciência Conectada MCTIC NE, que prevê a interligação de 16 cidades e 52 campi de educação superior, e utilizava a rede da Oi. Agora, usa a rede das concessionárias de energia elétrica.

A Rede Nacional de Pesquisa (RNP) conclui até maio o que batizou de “Troncal do Litoral”, interligando todos os campi universitários nas capitais nordestinas, afirma seu diretor-geral, Nelson Simões.

Com os recursos alocados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), foram interligadas no ano passado quase todas as instituições da região, restando apenas as dos estados de Alagoas e Sergipe, que serão conectadas agora. Essa cobertura, explica Simões, faz parte do programa Ciência Conectada MCTIC NE, que prevê a interligação de 16 cidades e 52 campi de educação superior.

Mas o projeto é mais ambicioso. Também com a participação do MEC, estão conectadas 824 escolas urbanas e, na infovia piloto de todo o país, haverá também a conexão de instituições de saúde, justiça e de defesa.

Segundo Simões, a RNP teve que acelerar sua mudança de estratégia desde que começou a chegar ao fim o prazo de 10 anos estabelecido pela Anatel para a Oi tornar disponível a sua rede para interligar as universidades públicas. Essa obrigação foi estabelecida à concessionária devido à fusão com a Brasil Telecom.

“Foi uma parceria muito importante para nós, nos serviu muito. Foi muito importante a decisão da Anatel naquele momento, eu diria que também foi bom para a Oi, porque ajudamos a melhorar  a qualidade dessa rede óptica, mas a obrigação terminava este ano”, assinala o executivo.

Assim,  há quatro anos, a RNP começou a nova estratégia, de buscar no sistema elétrico a rede de transportes de fibra óptica que precisava para religar as universidades. “Com a Oi, ligamos os campi com 10 Gbps, agora, estamos falando em até 4 vezes 100 Gbps”, comemora Simões.

E com os recursos canalizados pelo MCTIC (a pasta liberou R$ 30 milhões no ano passado, e orçamentou R$ 50 milhões este ano), a RNP irá interligar todo o interior do Nordeste até novembro deste ano.

O acordo da RNP, que começou com a Chesf, foi ampliado para Furnas e Eletrosul. Segundo Simões, o acordo é benéfico para as duas partes, pois a RNP acende e moderniza as fibras apagadas das concessionárias de energia, e essas passam a contar com uma rede de banda larga para uso próprio.

“As elétricas cedem para um grande operador, cedem para um grande provedor, mas não operam diretamente. E como nós também não operamos no mercado, isso foi o diferencial do acordo, porque tem uma neutralidade. Levou algum tempo mas o acordo saiu”, completou.

Segundo Simões, em alguns estados nordestinos esse modelo está sendo reproduzido pelos governos estaduais, e já tem gerado importantes resultados.